Aqui na Paraíba, férias na política é uma coisa que só quem perde usufrui, pois os vencedores saem da disputa da conquista e de bate e pronto embarcam na disputa da partilha.
E nesta etapa estão agora aqueles que se julgam merecedores das fatias ou da fatia do bolo que ajudaram a fermentar.
Quando você ouvir alguém dizendo que o governador Ricardo Coutinho pode ficar a vontade para escolher sua equipe, tenha certeza que este é o que mais pressiona por espaços pra que sua prole possa ficar junto ao filé.
Ou alguém aí imagina que os acordos costurados na campanha foram por ideologia ou amor?
Ainda impera em nosso Estado a oração de São Francisco de Assis, onde é dando que se recebe e quem deu votação quer contrapartida e, quando se ganha, contrapartida é partilha do poder, cópia da chave de pelo menos um dos muitos cofres que a máquina pública dispõe.
Até domingo passado Ricardo Coutinho era o candidato, mas desde segunda é o zelador do zoológico levando a carne para a jaula dos leões, que rugem cada vez mais alto e com fome insaciável, enquanto ele joga os pedaços.
Tudo isso acontecendo e a militância ingênua trocando farpas e perdendo amigos nas redes sociais.