A guerra no Partido dos Trabalhadores de João Pessoa foi declarada. Luciano Cartaxo briga pela candidatura própria com seu nome encabeçando a chapa e tem o apoio do presidente estadual do partido, deputado Rodrigo Soares. Junto a Rodrigo está o ex-presidente do PT Nacional, Ricardo Berzoini, conforme anunciou assessoria do PT estadual.
Para não assumir derrota dentro do próprio partido, o presidente do PT em João Pessoa, que é representante dos desejos de Luiz Couto em excluir a candidatura de Cartaxo e apoiar a candidatura do PSB, rapidamente emitiu nota dizendo que a liderança nacional naõ conhece a realidade da Paraíba.
Confira primeiro o texto enviado pelos cartaxistas e em seguida a resposta do PT de João Pessoa:
Berzoini adere a movimento nacional do PT por candidatura própria em João Pessoa
O ex-presidente do PT Nacional, Ricardo Berzoini, telefonou para o presidente do partido na Paraíba, Rodrigo Soares, para informar que estava se acostando aos demais dirigentes nacionais que assinaram manifesto defendendo a candidatura própria da legenda em João Pessoa. Berzoini destacou a importância da candidatura para o partido na Paraíba e para o projeto nacional.
Segundo o manifesto, encaminhado a toda militância do Partido dos Trabalhadores em João Pessoa, lembra que as eleições de 2012 é uma “oportunidade histórica de se apresentar como alternativa real de poder, reafirmando, também na capital paraibana, seu projeto e seus compromissos com uma sociedade mais justa e democrática”.
Ainda segundo documento, assinado pelo senador Humberto Costa, o deputado federal José Guimarães, pelos dirigentes do PT José Dirceu, Valter Pomar, Romênio Pereira, e os secretários nacionais do partido João Vaccari Neto, Paulo Frateschi, André Vargas, Iole Ilíada, Jorge Coelho e Renato Simões, além do coordenador nacional da Comissão de Ética do partidoFrancisco Rocha (Rochinha), lembra que além da conjuntura política favorável, o Partido dos Trabalhadores tem hoje uma legenda estruturada na Paraíba. “Estamos em totais condições de disputar a Prefeitura de João Pessoa, bem como de outras cidades importantes, com chances de vitória”, garantem os dirigentes.
Assessoria PT Estadual
Antônio Barbosa ressalta que lideranças da Nacional não conhecem a realidade do PT no Estado e por isso não podem apoiar candidatura própria em JP
O presidente do diretório municipal do PT, Antônio Barbosa, declarou que se os dirigentes da Nacional, que assinam o manifeste em apoio a candidatura própria em João Pessoa, conhecessem realmente a situação do partido no município, na conjuntura política local e sua atuação na administração, não concordariam, de forma nenhuma, com o posicionamento de um pequeno grupo que tem o intuito apenas de hostilizar o governo.
Segundo Barbosa, os companheiros da Executiva Nacional, com quem eu tenho muito apreço e respeito, não estão, suficientemente, informados sobre tudo que vem se passando com o PT na Capital e na Paraíba. “Os companheiros da legenda no Estado estão defendendo a tese de candidatura própria somente com a lógica de hostilizar o governo de um partido, o PSB, aliado do PT, em âmbito nacional”, reforçou.
O presidente municipal reafirmou que o Partido dos Trabalhadores de João Pessoa defende, quer e trabalha pela unidade partidária. “E estamos dispostos a lutar por essa unidade, desde que o debate democrático contemple as principais cidades da Paraíba, a exemplo da Capital, de Campina Grande, Patos, Cajazeiras, Souza, entre outros municípios”, comentou.
Com relação a Campina Grande, Antônio Barbosa entende que não existe uma candidatura própria do partido na cidade campinense. “A candidatura petista em Campina Grande não existe, é uma falácia, não tem substância . Uma candidatura como aquele que estão propondo em Campina não ajuda a unificar o PT da Paraíba”, ressaltou.
Por sua vez, Francisco Linhares, que é integrante do Diretório Municipal, disse ter certeza de que a Executiva Nacional do PT não vai concordar nem apoiar candidatura própria na Capital.
O manifesto em apoio a pré-candidatura a prefeito, pelo PT, na cidade é subscrito, entre outras lideranças, pelo senador Humberto Costa, pelo deputado federal José Guimarães, pelos dirigentes do PT José Dirceu, Valter Pomar, Romênio Pereira, e os secretários nacionais do partido João Vaccari Neto, Paulo Frateschi, André Vargas, Iole Ilíada, Jorge Coelho e Renato Simões, além do coordenador nacional da Comissão de Ética do partido Francisco Rocha (Rochinha).
Assessoria PT JP