Após a quebra de silêncio de Maranhão falta agora a oposição o que também falta ao governo: o propositivo contrapondo o denuncismo, o proativo contrapondo a inércia, a prática contrapondo a conversa pra boi dormir.
Não dá pra focarmos só no bate/rebate desse círculo vicioso dos mesmos personagens representando vários papéis como em um teatro nô japonês, onde, como bem cantou Gilberto Gil, “o ator é ao mesmo tempo atriz, veste da mesma nudez”.
Realmente, chega de tanto clichê. A Paraíba não agüenta mais um Campestre de fogos e egos elevados.
Maranhão rompe o silêncio e agora tem a obrigação de ir à fase seguinte do script, assumindo o danado do cargo tão falado e invejado seja lá onde for para trabalhar por todos os paraibanos.
Ricardo tem agulha e linha de sobra para costurar o tal pacto. O que falta é parar de fazer caras e bocas e parir de uma vez esse filho, que os paraibanos não agüentam mais essa dor de parto encruado.
E a nossa bancada federal? Quer entrar em campo, mas por enquanto tá só no aquecimento. Ou melhor: só no sapatinho.
E a nossa bancada estadual? A situação ta amuada querendo mais, é insaciável; a oposição ta de mini saia mostrando a calcinha e rodando a bolsinha, é piriguete.
E o povo? Imagine que o jogo era um clássico e a torcida nem compareceu.
Motivo: não tem money pra comprar ingresso,
E se for de graça? Mercadoria oferecida não tem valor.
E se for televisionado? Cortaram a nossa energia.
Aviso aos navegantes: respeito é bom e o nosso povo gosta.