Desde os primeiros dias do pós-eleição que repito a mesma tese: a oposição só volta ao poder se tiver na Capital e em Campina Grande duas candidaturas capazes de conciliar múltiplos interesses.
Quem nestes dois maiores colégios eleitorais reúne essas qualidades? Maranhão e Daniella, sem dúvida.
Em João Pessoa a preço de hoje a coalizão ricardista-cassista não faz o prefeito, principalmente se aquele mesmo grupo que se uniu em torno do nome de Maranhão para governador repetir a dose em torno do nome dele para prefeito, tendo a esposa de Cícero, Lauremília, como vice.
Em Campina a preço de hoje um Cássio sem mandato tem mais chance de eleger o sucessor de Veneziano, principalmente se o candidato for o filho Diogo, pois nesta conjuntura a lógica do povo é desagravar.
Ele com mandato a coisa fica mais dificil, pois não tem mais o que desagravar e o povo vai cobrar o que o governafor que ele indicou deixou de fazer.
Lá a dúvida é se Veneziano lança candidato, indica o vice de Diogo ou de Daniella. Só isso.
Em João Pessoa Manoel Júnior larga na frente para fazer aquele papel de coelho, mas do jeito que a conjuntura vai a eleição tá mais para Maranhão na cabeça de chapa, uma resposta inesperada daquele eleitor que sempre votou em RC.
Alguém aí conhece maneira melhor de puxar a orelha do governador do que eleger Maranhão prefeito?
Assim, estará restabelecida a concorrência saudável e necessária, onde cada um vai querer fazer mais pela Capital.
Lá em Campina a tese é outra: quem fez mais pela cidade? Os Cunha Lima, os Vital do Rego ou os Ribeiros?
Enivaldo Ribeiro foi prefeito apenas uma vez e por um mandato de cinco anos, oportunidade em que preparou a cidade para o futuro abrindo os principais corredores e transformando um palhoção no que hoje é o Parque do Povo.
Na seqüência, Enivaldo tentou eleger o advogado Vital do Rego, pai de Vitalzinho e Veneziano, mas não obteve sucesso.
Quem ganhou foi Ronaldo Cunha Lima, que na sequência elegeu o filho Cássio ao conseguir usar a força do PMDB nacional para mudar as regras e fazer a Legislação permitir que o filho sucedesse o pai, o que hoje é ética e juridicamente reprovável.
Após isso os Cunha Lima consolidaram um reinado que somando totaliza 22 anos de comando político, monólogo que foi quebrado pela eleição e reeleição de Veneziano.
A pergunta é: conseguirá Veneziano o feito que Enivaldo não conseguiu? Elegerá ele o seu sucessor ou o poder voltará para os Cunha Lima por mais 22 anos?
Nessa lógica, Maranhão em João Pessoaa e Daniella em Campina serão a resposta do povo a pergunta: você aprova ou não o governo Ricardo Coutinho?