A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), e a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, uniram forças para tentar conter o avanço da onda de assaltos e arrombamentos em lojas no Centro da cidade. Em menos do um mês, pelo menos sete grandes arrombamentos foram registrados na cidade, gerando prejuízos aos lojistas equivalente a R$ 164 mil.
Os lojistas do Centro da cidade estão preocupados com a falta de segurança pública. O aumento do número de arrombamentos na região nos últimos meses tem gerado pânico aos empresários que são obrigados a investir ainda mais na segurança privada.
Mesmo com a instalação de grades, câmeras e vigilância armada os criminosos continuam levando pavor ao local. A CDL divulgou nota de solidariedade aos donos de lojas que tiveram seus estabelecimentos arrombados no Centro da cidade.Além disso, a CDL exige uma resposta dos órgãos de segurança pública do Estado da Paraíba.Ontem, o presidente da entidade, Arthur Bolinha, cobrou uma ação mais enérgica das autoridades, e disse que a situação está fora de controle.
No total, foram registrados cinco casos com as mesmas características entre os dias 13 de setembro a 17 de outubro. Em todas as ações os suspeitos quebraram a vitrine com um veículo e levaram as mercadorias. Até o momento apenas uma pessoas foi presa por provavelmente ter participado do arrombamento que aconteceu no dia 15 de outubro, em uma loja de roupas no Centro.
Um dos arrombamentos foi registrado em uma loja de roupa que fica localizada entre as ruas Venâncio Neiva e 7 de Setembro, no Centro de Campina Grande. Foram furtadas 300 peças, totalizando um prejuízo de R$9 mil. O segundo foi realizado no dia 21 do mesmo mês, na mesma rua e também a uma loja de roupa. O suspeitos levaram 225 peças e causaram um dano de R$40 mil.
A onda de arrombamentos voltou a crescer no dia 10 de outubro, r atingiu uma loja de celulares. Além do prejuízo de R$25 mil, o proprietário está temendo perder a franquia por causa da violência.
Os outros dois arrombamentos aconteceram nos dias 15 e 17 de outubro, ambos em empresas que vendem roupas. No do dia 15, o prejuízo chegou aos R$50 mil, já no do dia 17, ficou em R$40mil. Ontem, o alvo foi uma loja de calçados, o que gerou um prejuízo de R$ 20 mil ao proprietário. O presidente da Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), Marcos Procópio, falou sobre a insegurança na cidade e os recentes arrombamentos em estabelecimentos comerciais. Em entrevista a Rádio Correio FM, Marcos frisou que o problema da segurança é ligado à falta de emprego e educação e que as soluções devem ser buscadas de forma ampla.
– É preocupante. Vemos o direito de exercer a profissão de empreendedor sendo tolhido. Precisamos resolver essa questão. Fizemos uma reunião com cúpula da polícia, semana passada, para entender as necessidades de ambos. Porém, essa questão da segurança é bem mais ampla, não é só uma questão dos órgãos de repressão. Emprego, educação e segurança pública estão extremamente interligados. Se não resolvermos esse trinômio, não vamos conseguir resolver o problema de segurança de forma geral – comentou.
Marcos Procópio, ao lado de outros diretores da entidade, esteve reunido na manhã desta terça-feira, 10, com o Comando Regional de Polícia Militar (CPR1), na sede do 10º BPM. Na oportunidade, o dirigente empresarial apresentou ao coronel Almeida a disposição da entidade de colaborar no sentido de encontrar alternativas para a melhoria da segurança pública de Campina Grande.
Os empresários e dirigentes da Associação Comercial também apresentaram ao CPR1 reivindicação para que o setor comercial da cidade receba reforço policial nesta reta final do ano, a fim de tranquilizar o funcionamento das atividades empresaeriais, ampliando o número das duplas de policiais atualmente em serviço no centro da cidade, inclusive no turno da noite.
Uma nova reunião está programada para à tarde desta quarta-feira (18), quando a Polícia Militar deve apresentar seu palno “Campina Smart City”, sob o ponto de vista da segurança.
O comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Campina Grande, Lamarck Victor Donato, disse que aumentou o número de rondas durante a madrugada em toda a cidade para tentar inibir esse tipo de crime.