Há mais coisas cheirando a podre na campanha de Paulo Maia do que acordes na música de Bartô Galeno, intitulada “No toca fitas do meu carro”, espécie de mascote daquele candidato a presidência da OAB. Há quem se pergunte os motivos de esse brega ter sido escolhido para hino,; há quem explique os motivos.
Mas, indo direto à carniça que atrai os urubus, passaremos pela Central de Polícia, atravessaremos a ponte sobre o Rio Sanhauá e logo depois de Bayeux acharemos o que faz uma campanha realmente feder.
Foii publicada na imprensa uma denúncia sobre o integrante da chapa de Paulo Maia, Rogério Varela, que estaria, através do seu escritório, envolvido em falcatruas pesadas, uma suposta apropriação indébita que chegaria a seis milhões de reais.
Antes de apresentar as provas incontestáveis do grave delito, quero aqui lembrar que Rogério Varella concorre ao segundo cargo mais importante depois da presidência, que é o de conselheiro federal, posto atualmente ocupado por Carlos Frederico, candidato a presidente da OAB.
A história envolve o submundo da política em Santa Rita, um pedaço de chão onde todos sujaram as mãos e nenhum tem estatura moral para cobrar ficha limpa do outro.
Pois bem, lá na terra dos canaviais, onde prefeito e vice se revezam no cargo e os advogados travam grande batalha jurídica nos tribunais, o escritório Varella & Negreiros teria abocanhado na pressão um contrato que pertencia ao escritório Ferraz e Oliveira Advogados Associados.
Vou explicar. Lincoln Mendes, quando subprocurador daquele município na gestão Reginaldo, teria feito lobby para que o escritório onde trabalhava fosse contratado numa causa contra a União, cuja a bolada vai além dos trinta e sete milhões de reais. Obviamente, o escritório escolhido foi de Varella & Negreiros.
Como se não bastasse, o escritório imposto pelo subprocurador teria, além do tráfico de influência, tentado se apropriar indevidamente dos honorários do escritório que atuava na causa desde o ano de 2008.
Os documentos abaixo comprovam a denúncia e fica a pergunta: Rogério Varella tem condições éticas e morais de ser alçado pelo voto ao importante cargo de conselheiro federal da OAB?
É essa a composição de chapa que Paulo Maia apresenta como ficha limpa? Só mesmo a canção de Bartô Galeno para responder.