É blefe. A cisão do Coletivo é um teatro para isolar a oposição e levar os dois candidatos de Ricardo Coutinho para o segundo turno.
Eu sei que Walter Santos tem lá suas empolgações sazonais e vai dizer, como disse ontem sobre a fase mais contundente da campanha de Maranhão, que é um pensamento “derciniano”, me usando como neologismo para definir postura mais proativa.
Mas, mesmo tendo todo respeito por WS, prefiro comungar do pensamento conjuntural de Helder Moura, que ontem em seu blog anunciou o que suspeitava-se , mas ninguém tinha ainda confirmação: RC e Nonato Bandeira se encontraram em Recife para “combinar estratégias”.
Que fato repercutiria mais do que o combate sistemático da imprensa livre e da oposição do que um racha no anel que projetou e blinda RC?
Girassol comendo girassol, ricardista atacando ricardista. Narcisismo em overdose para quem se acha o number one e sua sombra o number two. Só os ricardistas são páreos para RC, numa análise megalomaníaca: “melhor do que eu só eu mesmo”.
Se Ricardo Coutinho veio do PT nada mais natural do que incorporar o PT à sua estratégia de dominação, compartilhando espaços. Foi isso que RC e Nonato bolaram e tem dado certo.
Quando RC diz que demitiria Urquiza, inaugura nova fase como o caxias implacável. Quando a primeira dama atacou a gestão de saúde na Capital, lavou-se com álcool gel para afastar da Granja Santana a contaminação.
Focado em 2014, o governador corta na própria carne para adquirir anticorpos e se blindar. Quer dizer, corta na carne dos membros do Coletivo, tão fiéis que assumem sabendo ou sem saber os papéis higiênicos roteirizados por RC e Bandeira.
Luciano Cartaxo e Estela são duas faces do mesmo ator deste teatro nô japonês. Podem ir para o segundo turno juntos ou um deles representando RC.
Será que o pessoense é tão burro assim para cair nessa esparrela? Você vota em Cartela ou Estaxos? São Cartaxo e Etela juntos e misturados.