Humberto Lucena foi um grande agregador e enquanto estava vivo o PMDB se manteve unido, mas depois que morreu o partido rachou em duas bandas, Zé Maranhão assumiu o comando e o Grupo Cunha Lima foi para o PSDB.
Zé Maranhão foi mais além e conseguiu em vida manter a unidade partidária ao fazer upgrade em suas instâncias e, mesmo sem abrir mão do comando, reoxigenou cada cômodo da sede partidária com um bafejo popular.
Ontem o diretório da Capital realizou convenção e homologou os nomes de Manoel Júnior e Milanez como presidente e vice. Acordo firmado, Gervasinho será o presidente do próximo biênio.
Apesar de o senador Vital ter a mais alta patente dentro do PMDB, seu desprendimento e reconhecimento dos serviços prestados por Maranhão foram fundamentais para que o ex-governador continuasse comandando o PMDB e com agulha fina Maranhão vai costurando o pacto interno que desembocará na grande aliança em torno de Veneziano em 2014.
Pode até um ou outro chiar, mas chia sem motivos justos. Até um dia desses o PMDB tinha uma configuração mais familiar, mas com a mudança da conjuntura houve uma reciclagem e, pelo cheiro inconfundível de povo no ciclo de debates Pensando a Paraíba e na convenção de ontem, podemos afirmar que o PMDB está pronto para guerra.
Que eu saiba, saiu quem já não estava dentro. O PMDB lavou sua roupa, a verdade foi posta na mesa, cara a cara, e agora cabe ao experiente e agregador ex-governador Zé Maranhão a condução do barco, assim como um dia coube a Humberto manter os cristais intactos entre algodões.
Perguntem a Maranhão a que ele será candidato que logo elle responderá que é um soldado do partido.