Após chegarem à conclusão que ninguém no PMDB une mais o partido do que José Targino Maranhão, a turma que fazia beicinho e a que estava fingindo que não era com ela decidiram pelo óbvio ululante.
“Vamos acabar com essa história de oferecer o partido no varejo e vamos nos unir para vendê-lo no atacado”, disse aquele mascate; “melhor mantermo-nos certa equidistância do Palácio e tomarmos um ducha de água fria”, comentou um adesista, obviamente referindo-se ao centro administrativo de João Pessoa, que fica no bairro de Água Fria.
A verdade é que o PMDB paraibano é o reflexo do PMDB e nunca deixou de ser um saco de gatos, uns pardos, outros fardos.
Imaginem se cada quiser levar o PMDB para uma vantagem imediata e pessoal que tipo de partido quem comprou terá?
Nenhum, pois ao contrário do PT o PMDB é uma frente, mas não funciona bem se não tiver um eixo centralizando sua força motora.
Maranhão, assim como um dia foi Humberto Lucena, é o ponto de convergência que equilibra todas essas vontades. Só há PMDB com ele e sem ele o PMDB é apenas uma mercadoria oferecida e sem valor.
Definido o candidato a governador, e principalmente que terá candidato, resta agora os caixeiros pararem de viajar e aceitarem que não há melhor lugar do que debaixo de uma árvore que dá sombra, mesmo que temporariamente não tenha frutos a ofertar.
Com paciência de Jó, apesar de aqui e ali demonstrar mágoas pelas punhaladas inesperadas de quem julgava amigo, Maranhão vai reassumir a batuta e fazer cada naipe tocar na mais perfeita harmonia.
Resumindo, o maior partido da Paraíba continuará dono do próprio nariz e ao que parece já pediram para aquela imobiliária retirar a placa de vende-se da sede da Beira Rio.