O impasse estabelecido entre o Aeroclube e a prefeitura de João Pessoa parece estar longe de um fim satisfatório. O presidente do Aeroclube, Rômulo Carvalho, afirmou que o início da reconstrução da pista “demolida num ato de vandalismo” só foi possível graças a doações de empresários.
A direção do Aeroclube espera o apoio do Ministério da Defesa na obra, visto que o ministro Nelson Jobim se posicionou favorável à reconstrução da pista.
“Encaminhamos um requerimento para Brasília com o objetivo de consolidar o apoio e estamos aguardando a resposta. O apoio do Exército seria fundamental pois só ele dispõe de um maquinário que reutiliza o asfalto”, explicou Rômulo Carvalho. As máquinas envolvidas na reconstrução foram cedidas por empresários, mas a gasolina e a mão-de-obra estão sendo pagas pelo próprio aeroclube, que não possui fins lucrativos.
Rômulo disse ainda que a prefeitura nunca chegou com o intuito de discutir políticas pública que envolvessem o aeródromo. Ele garantiu que em 2008 o então prefeito Ricardo Coutinho apresentou o plano diretor no qual o Aeroclube seria mantido sem nenhuma alteração de local: “Em 2010 fomos pegos de surpresa porque acreditamos na palavra de gestores. A decisão agora veio de cima para baixo com uma liminar a justiça para justificar o ato de vandalismo”.
O presidente afirmou ainda que nenhum área da cidade do Conde foi oferecida, e apesar do anúncio falso que a prefeitura fez sobre novas áreas para o clube, apenas uma área perto do aterro sanitário ao lado do aeroporto foi disponibilizada.
Rômulo disse que a diretoria do Aeroclube propôs que a mudança fosse feita para área próxima ao novo Centro de Convenções ou próximo a praia do Sol: “Mas não tivemos resposta, estamos com aulas paradas, aeronaves sitiadas e não vemos a prefeitura se disponibilizar para resolver a questão. Eles falam em parque, mas ninguém fala no Aeroclube.