O crescimento alarmante da violência na Paraíba, infelizmente, também alcança um espaço que deveria ter mais atenção do governo e dos gestores dos órgãos de segurança pública do estado. O atentado que resultou no assassinato de uma jovem de 14 anos, na última sexta-feira (21), dentro de uma escola em João Pessoa é prova disso. Mas, mesmo diante desta e de outras ocorrências de violência registradas no interior das unidades de ensino do estado, a Polícia Militar (PM), informou que não cumprirá uma determinação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que quer de volta o projeto Patrulha Escolar.
O trágico nessa informação, é que, a recomendação do MPPB foi feita à PM dois dias antes da investida fatal contra a adolescente. Ou seja, se o patrulhamento policial tivesse sido colocado em prática como queria o Ministério Público, a vida da menor poderia ter sido poupada.
Procurada pelo Blog do Gordinho para dar explicações sobre a insegurança nas escolas, bem como sobre o retorno da Patrulha Escolar, a assessoria da Polícia Militar limitou-se a declarar que o Quadrante de Polícia Preventiva (QPP), que atua desde o início do ano, é suficiente para combater a criminalidade nas imediações das unidades de ensino.
A Polícia Militar também alegou que já recomendou ao Comando de Policiamento Regional Metropolitano, atenção especial às escolas mais vulneráveis às ações criminosas. Conforme a PM, entre as ações de policiamento estão o planejamento operacional através de cartão programa e controle com a coleta da assinatura dos diretores das escolas visitadas. O monitoramento é feito no mínimo uma vez por dia. Com base nos dados a PM espera utilizar as informações como recursos da estatística criminal e da inteligência policial para nortear as ações policiais.
BG