Até hoje a eleição da OAB estava fria e à deriva, como um grande iceberg. Eu disse até hoje. É que o fato mais importante dessa campanha, e o único até agora, foi produzido pela chapa encabeçada por Sheyner Asfora, o candidato da oposição.
Ele anunciou e a chapa inteira subescreveu documento abrindo mão de custeio para a contratação de assessores, despesas com passagens aéreas, diárias e eventos.
Pode parecer pouco , mas é o que há de mais significativo e diferente numa campanha onde os outros dois candidatos montaram bunkers milionários de olho numa entidade que arrecada 7 milhões de reais por ano e onde a falta de transparência nos deixa querendo saber para onde vai essa fortuna.
Paulo Maia e Carlos Fábio, os dois candidatos da situação dividida, terão que responder juntos essa pergunta, pois o primeiro é o atual presidente e o segundo integrante da atual diretoria, portanto os que gastaram 28 milhões de reais juntos nos últimos quatro anos.
Com essa coletiva de hoje a campanha simples de Sheyner fez uma pergunta simples e botou dois concorrentes em sinuca de bico.
É que tanto Paulo Maia quanto Carlos Fábio tiveram juntos a oportunidade de fazer diferente, mas optaram pelo usufruto das mordomias bancadas pelas anuidades dos advogados.
Dércio Alcântara