Quase metade das mulheres relatam já terem sentido que foram rejeitadas em uma seleção de emprego por serem mães ou manifestar desejo de engravidar. Além disso, 46% também contam já ter enfrentado alguma dificuldade no trabalho por se ausentarem para resolver algum problema relacionado aos filhos, como consultas médicas. É o que revela uma pesquisa feita com 1 mil profissionais pela empresa MindMiners.
O estudo mostra ainda que 37% das mulheres acreditam que já perderam alguma chance de promoção por causa da maternidade. Entre as principais queixas das profissionais com filhos estão pressão psicológica e preconceito no ambiente de trabalho.
As profissionais que ainda não têm filhos também comentaram que há pressão de empregadores para que a gravidez seja evitada. Essa situação foi relatada por 38% das entrevistadas.
Tempo longe dos filhos
A pesquisa também mostra que a maioria das mães que trabalham deixam as crianças com familiares que não são os pais, na escola, creche ou até mesmo sozinhas. Já 17% dizem que as crianças ficam com o pai ou companheiro enquanto a mãe trabalha. As que deixam com babá ou empregada doméstica são minoria.
Com quem você deixa seus filhos enquanto trabalha?
Pai da criança/companheiro | 17% |
Outros familiares | 34% |
Empregada doméstica/babá | 10% |
Creche | 28% |
Escola | 27% |
Criança fica sozinha | 24% |
Outros | 5% |
Essa situação é motivo de um grande sentimento de culpa para a maioria das mães. 64% dizem que se sentem mal por não passarem mais tempo com os filhos em razão dos compromissos profissionais.
Ainda assim, a maioria das entrevistadas diz que ter filhos não afeta a capacidade das mulheres no trabalho. Outras 55% discordam da afirmação que a maternidade teve um impacto negativo em suas carreiras.
Fonte: G1