O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB, bem que tentou driblar as especulações sobre as eleições estaduais em 2018, mas acabou dando pistas do que vem pela frente quando o assunto é o próximo pleito eleitoral.
Em entrevista ao programa Rádio Verdade, da Arapuan FM, o tucano não descartou, mas também não admitiu a possibilidade de se lançar na disputa pelo Governo da Paraíba. Ele disse que antecipar esse debate, agora, poderia criar um ambiente de instabilidade e até mesmo de discórdia, o que não é o objetivo do grupo.
“Não tem por que fugir desse tema. É um tema que vai ser debatido, sobretudo esse ano, de forma permanente. Eu só não acho que seja bom para o Estado antecipar o calendário eleitoral. Eu acho que a crise é muito grave. A crise é muito profunda, estamos na pior crise da história do país, porque se a recessão prosseguir terá mais desemprego. Acho que não seria oportuno, não contribui em nada começar disputa eleitoral agora. Eu tenho divergências com o governador Ricardo, todo mundo sabe, mas não deixo de apoiar as iniciativas do governo do Estado, não deixo de apoiar aquilo que fortalece o estado. A exemplo dos recursos da repatriação, que ajudei a aprovar, tanto para Estados, quanto para municípios. O que é importante nesse instante é tentar vencer a crise. Vamos deixar as discussões de nomes de 2018 para 2018”, disse,
Cássio lembrou a vitória das oposições nas ultimas eleições e ressaltou que o objetivo, nesse momento, é manter o grupo unido para chegar ainda mais forte em 2018. E, por enquanto, nesse ano pré-eleitoral, o momento é de mostrar trabalho. Apesar de se esquivar, o tucano nomeou alguns aliados que podem figurar na cabeça de chapa, entre eles, o senador Maranhão (PMDB) e o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), justamente a dupla beneficiada por sua cassação do mandato de governador, em 2009.
“A frente das oposições teve uma vitoria expressiva nas eleições municipais. Hoje os partidos de oposição governam praticamente 73% da população do Estado. Vencemos em oito, das dez maiores cidades do Estado. Vencemos em 14, das 20 maiores em 19, nas 30 maiores, ou seja, praticamente 2/3 e temos nomes. Mas fico feliz. É compreensível ter o nome lembrado. Eu sou senador, já fui governador duas vezes, mas temos vários outros anos na frente das oposições como Romero, Zenobio, Maranhão, Cartaxo, Aguinaldo, Rômulo. No nosso campo são vários nomes aí o ano que vem, escutando a população, através de pesquisas vamos indicar aquele que reúne o melhor nome para vencer as eleições”, adiantou.
Segundo o senador, o amadurecimento e a experiência do grupo fará com que as oposições permaneçam unidas.
“São todos pessoas maduras e experientes que têm mantido esse compromisso de unidade na frente das oposições por isso é melhor postergar. Se você precipita esse debate você não contribui em nada para solução do problema e termina criando um ambiente de instabilidade e de discórdia”, arrematou.
PBagora