O segundo mandato do governado Ricardo Coutinho tem tantos problemas e anda tão apagadinho que a rodada de entrevistas concedidas por Cássio na última sexta acabou caindo como uma luva para RC reinserir-se na cena e fazer o que mais gosta, que é comparar as gestões.
Os 100 dias foram um fiasco, as obras estão paradas, os fornecedores atrasados e, ao invés de ampliar investimentos em áreas como Saúde, Educação e Segurança, RC meteu a tesoura, minguando ainda mais o que já era sofrível.
Apresentar o DEDE – ou Vila Olímpica – como obra dos 100 dias, uma tartaruga que se arrasta e ainda não foi concluída em quatro anos, maquiar o Ronaldão ou inaugurar uma piscina em Centro de Idoso é muito pouco ou quase nada para quem pretende superar o primeiro mandato e até ser candidato a Presidente da República em 2018.
A violência ganhou status de guerra e hoje na Paraíba morre mais gente do que na maioria das guerrilhas e guerras de países em conflito com o narcotráfico ou terrorismo.
E por quê mesmo após quatro anos e três meses de gestão I e II a violência não é dominada? O secretário é o mesmo Cláudio Lima, a estratégia é a mesma e tem um helicóptero sobrevoando nossas cabeças. Só que os bandidos estão no asfalto e dominando a cena e esse goiverno precisa botar os pés no chão e encontrar a política de segurança Pública correta.
Na Saúde o caos só se amplia, apesar da pressão da Secom para que os veículos de comunicação não mostrem as imagens do que ocorre nos Traumas de João Pessoa e Campina.
Qual a estratégia para melhorar a Saúde? O governador só consegue pensar em repassar para o contribuinte a conta. Para tanto, RC é defensor notório da volta da CPMF, aquele famigerado imposto sobre movimentações financeiras.
Até agora a única novidade que o RC II produziu foi a demissão da primeira dama. Aliás, talvez este seja o único posto de emprego aberto pela ação desse governo.
Será que os eleitores que reelegeram RC andam mesmo satisfeitos com o rumo de sua segunda gestão? Teria o RC II virado uma zona de conforto?
Ou a gestão RC se reinventa ou perderá para ela mesma.